domingo, 31 de julho de 2011

LAÇOS #04

Conte uma história infantil.


Eu encontrei no meio das coisas da minha irmã, um livro quadrado e fino chamado "A Bolha de Raquel Pimentel", da Amy MacDonald, tem lindas ilustrações aquareladas com traços de nanquin. O engraçado é que lembro desse livro, lembro de quando o li, foi no pré II A, no Palmares (escola onde eu estudava em São Paulo)... Lembro de tanta coisa como se fosse ontem, lembro da Raquel que vendia as fotos dos passeios e mandava bilhetes pros pais, lembro da minha professora tão querida Ana Paula, lembro do laguinho das tartarugas, lembro da minha mala de rodinhas da barbie, lembro da cama elástica, do professor que me chamava de docinho de maracujá! Haha, é tanta coisa. Mas, o post não é sobre minha história de criança e sim, história infantil, então vamos lá!

Raquel Pimentel achou uma bolha no dedo mindinho do pé. Era uma bolhinha bem pequenininha que ela mostrou pra mamãe. Mas dona Sônia quando viu a bolha no mindinho da Raquel, mandou chamar (urgente) o Oscar, que era o pai da menina.
- Tragam o fazendeiro!
- Chamem a enfermeira e o doutor!
- Venha todo mundo tratar dessa bolha! Não dá pra esperar! Não deixe piorar!
- Corram, irmãos, corra, criançada! Chamem alguém que resolva a parada!
A irmã Janete foi de patinete chamar o rabino e a empregada!
- Depressa! Correndo! Traga o reverendo! Chame o carteiro e o padre!

- Depressa! Correndo! Traga o tio Alfredo! Chame o bombeiro e a polícia!
- É com saca-rolha que se trata bolha? A turma deve saber...
- Como se conserta uma bolha esperta como a do pé da Raquel?
Reverendo Nei de Souza pôs bandeide: uns vinte, catorze, ou três. Mas o fazendeiro veio bem ligeiro e achou melhor pôr salsão. E o doutor Zé Mar mandou preparar um remédio caseiro. O guarda e o carteiro falaram certeiros: - O que cura mesmo é chá! - O irmão e a irmã (e o cachorro Shazã) juravam que só com gelo... Mas o bombeiro Lúcio Pinheiro mandou esquentar o pé. E o bispo Rubinho falou em vinho, mas derramou limonada. Já as mulheres diziam: - Opera! -, e o padre e o rabino rezavam.Todos tentaram, todos trataram do pé da pobre Raquel.
- Oh, meu amor, ficou melhor? - dizia a mãe, e ela: - Não!

- Isso é terrível. Isso é sofrível. Decerto alguém sabe como é!
- Decerto alguém sabe como consertar esse pé!
- A rainha Frida que é tão sabida tem que saber o que há de dizer!
Então chegaram e lhe contaram a triste história do pé.
- Gelo e salsão, chá e limão, quanta bobagem! Vocês não sabem!
- Minha receita que é perfeita: muita atenção! Façam biquinho!
- Oh, que rainha esperta! (- Fazer biquinho?!? Não entendi - disse Lili)
E todo mundo (José, Edmundo) pensava e não entendia.
Mas mamãe Sônia disse: - Já sei! Acho que adivinhei! - Fez um biquinho e deu um beijinho na bolha de Raquel. - Melhorou filhinha?
- SIM!  


Óun, essa Raquel me lembra até eu mesma, hahaha. Carente com a minha mãe. <3  Já é depois de amanhã a minha viagem e eu não sei como farei pra sobreviver sem ela.

Um comentário:

nataly disse...

gente, rimada. que amor.

e tanta coisa na vida continua assim depois que a gente cresce, né? a gente tá lá fazendo a maior tempestade com um problema. aí vem um beijo e um abraço e dor passa. ou diminui um pouquinho.

um beijo, carol